08/04/2024

Conecta Pet mostra como atuar no setor de maneira lucrativa

Por Vitor Ogawa

O  Seminário Conecta Pet trouxe três palestrantes para mostrar como empreender no setor de animais domésticos, os chamados pets. Alesandra de Almeida, do Sebrae/PR, Marco Santa Maria, da Supra, e Amanda Simões, da Lord Pet Shop, realizaram suas apresentações no Pavilhão Smart Agro, da ExpoLondrina 2024, com dados e informações relevantes para os profissionais da área.  

A primeira apresentação foi de Alesandra de Almeida, que expôs a existência de 3 mil empresas voltadas para o setor na região metropolitana de Londrina, dos quais 1335 estão em Londrina, 381 em Apucarana, 374 em Arapongas, 225 em Cambé, 157 em Rolândia, 114 em Cornélio Procópio, 111 em Ibiporã, entre outros. Ela apontou que existem 285 mil empresas voltadas para o segmento no Brasil, que faturaram R$68,4 bilhões em 2023, segundo a pesquisa DataPet, gerenciada pelo IPB. “O nicho de alimentação corresponde a aproximadamente 55% do faturamento total do segmento, seguido pela venda de animais de estimação, com 10,5%, e a venda de medicamentos veterinários, com 10,1%.”  Ela também trouxe dados da Abinpet, que apontou a existência de 167,6 milhões de pets no Brasil, dos quais 67,8 milhões são cães, 41,3 milhões são aves, 33,6 milhões são gatos, 22,2 milhões são peixes e 2,7 milhões são outros animais como roedores, cobras e lagartos. 

Segundo Almeida, uma das próximas ações será a realização de pesquisa de hábitos de consumo de tutores de pet em Londrina. Ela explicou que o Sebrae está oferecendo o serviço de cliente oculto e devolutiva, com diagnóstico de gestão e devolutiva com plano de ação e acompanhamentos, além de consultoria de visual de loja ou de marketing digital pelo valor de R$3,6 mil, mas que haverá um subsídio de R$ 2,3 mil para os participantes. 

O palestrante Marco Antonio Santa Maria denominou sua palestra como tempo de reinvenção. Ele afirmou que participou de uma feira global do setor nos EUA e constatou o aumento da comercialização de alimentos naturais para os animais, sem a adição de corantes e conservantes e apontou que no Brasil esse cenário ainda não é uma realidade, mas pode vir a ser futuramente. Ele expôs ainda que há produtos que são comercializados congelados e outros, frescos, e relatou que por lá há alimentos que são voltados para gatos dispostos em colheres ou sachês para aproximar os felinos de seus tutores. “É preciso pensar fora do quadrado”, orientou Santa Maria, explicando que existem motivações para mudanças e que é preciso sair da zona de conforto. “Só isso fará o empresário ter mais repertório e ampliar possíveis conexões.  

Amanda Simões, da Lord Pet Shop, relatou que trabalhava como advogada com o seu marido, quando foi instigada pelo cônjuge a empreender. Dentre as três opções de negócio, a primeira era a padaria, a segunda era um salão de beleza e a terceira era o pet shop. Ela relatou que não tinha experiência no setor e isso a levou a estudar muito, mas no início, devido à sua insegurança e inexperiência, acabou não adotando melhorias que ela achava que deveriam ser feitas. No início ela realizou várias compras erradas de produtos, a primeira loja tinha um desenho inapropriado e sofreu com a gestão. “Meu medo de dar errado me fez melhorar e quando me dei conta tinha criado um método.” Hoje a empresária possui várias lojas e ministra aulas para auxiliar outras pessoas do setor que empreendem na área a sair do vermelho.”

Fotografia: Rei Santos