08/04/2024
ExpoLondrina é aprendizado divertido para crianças
Por Peterson Dias
Quem pensa que a molecada só quer saber de ficar grudada nas telas do celular ou da TV, está enganado. Prova disso é o passeio animado de centenas de crianças todos os dias na Via Rural Smart Farm da ExpoLondrina, mais conhecida como Fazendinha.
É o caso das amigas Ana Laura e Alice, de 7 anos, que visitaram o setor de produção de café. A mãe, Vanessa Kemmer, acha que ainda é cedo para as meninas tomarem a bebida, mas as meninas gostaram muito do aroma do café torrado e moído. “Primeiro, ele fica verdinho no pé, depois, ele fica vermelho e aí está pronto para torrar e beber”, ensina Ana Laura. Para Vanessa, é uma satisfação ver as pequenas aumentando o conhecimento. “Elas aprenderam sobre a história do café na escola tempos atrás. Então, para elas, vivenciar ao vivo e poder pegar, sentir e presenciar é muito legal”, diz a agente de viagens.
Mais adiante, o pequeno Fernando Sella chamava a atenção de quem passava pela Fazendinha. Todo paramentado de cowboy, o menino de 6 anos estava encantado com um minitrator exposto no local. “Este aí gosta tanto do campo que tem ‘sela’ até no nome. É garantia que vai ser a nova geração de fazendeiros na família”, brincou o pai, Pedro Sella. O garoto, inclusive, já cuida dos próprios animais. “Eu tenho a vaquinha Fortuna e minha égua, a Pedrita”, revela Fernando.
Mais adiante, o Davi, de 6 anos, não tirava os olhos do bicho-da-seda. O setor de sericicultura mostra todas as etapas da produção da seda, da lagarta ao fio. O menino ficou surpreso quando descobriu que um tecido tão nobre vem de um animal que não é considerado bonito. “Eu achei muito legal porque de um bichinho deste sai uma coisa que a gente não faz a menor ideia de onde vem”, disse Davi, segurando uma lagarta, sem medo. O pequeno curioso estava acompanhado da mãe, da irmã e da avó. “As crianças precisam sair de casa, do celular, e ver as coisas, o mundo como ele é”, afirmou a avó Maria do Carmo.
E foi o mundo real que levou Giovana a conhecer de perto o tanque dos peixes. A menina tem apenas 10 anos, mas já sabe o que vai ser quando crescer. “Eu quero ser veterinária, adoro animais e quero trabalhar com isso”, revelou. Ela estava acompanhada do avô, orgulhoso do talento da neta. “Desde sempre ela gosta de campo, de fazenda, de tudo que envolve o meio rural”, conta Valter Lirolla. O encantamento dos pequenos visitantes é confirmado pelo técnico em piscicultura André Baltieri, responsável pela piscina que contém os peixes em um sistema sustentável. “A gente utiliza a mesma água mineral o ano todo, fazendo o tratamento biológico, tanto que as crianças não podem tocar nos peixes, nem na água”, diz Baltieri.
E por falar em micro-organismos, a família Boniolo teve uma aula divertida de um assunto sério, a toxoplasmose. Eles participaram de uma brincadeira de pescaria e cada “peixe” capturado tinha um alimento que pode conter a doença. “Mulheres grávidas não podem comer certos alimentos crus ou mal passados, como a carne e o leite”, exemplificou Miguel, de 12 anos. O pai do garoto, Antenor, faz questão de trazer a esposa e os dois filhos todos os anos na Fazendinha. “Meu pai me trazia aqui quando eu era criança e, hoje, faço questão de trazer a minha própria família”, disse o técnico em radiologia.
Aprendizado divertido
Responsável pelo setor de micro-organismos da Fazendinha, a professora de Medicina Veterinária da UEL, Amanda Zangirolamo, ressalta que o papel da universidade “não é só dar aula, não é só fazer pesquisa, mas também ter o lado social, de educar desde a criança até o adulto, de maneira acessível.” Para Amanda, o aspecto lúdico do espaço não significa que os assuntos são tratados com superficialidade. “Aqui tudo é pensado para que a criança tenha este momento de aprendizado com a família, deixando o celular de lado e descobrindo o mundo através dos sentidos, o olhar, a visão, o cheiro, etc.”, destaca ela. A pequena Ana, de 7 anos, confirmou a fala da professora, enquanto provava iogurte. “Eu prefiro vir aqui na Fazendinha que ficar na internet, é muito mais gostoso”, disse a menina.
Foto: Rubem Vital
Quem pensa que a molecada só quer saber de ficar grudada nas telas do celular ou da TV, está enganado. Prova disso é o passeio animado de centenas de crianças todos os dias na Via Rural Smart Farm da ExpoLondrina, mais conhecida como Fazendinha.
É o caso das amigas Ana Laura e Alice, de 7 anos, que visitaram o setor de produção de café. A mãe, Vanessa Kemmer, acha que ainda é cedo para as meninas tomarem a bebida, mas as meninas gostaram muito do aroma do café torrado e moído. “Primeiro, ele fica verdinho no pé, depois, ele fica vermelho e aí está pronto para torrar e beber”, ensina Ana Laura. Para Vanessa, é uma satisfação ver as pequenas aumentando o conhecimento. “Elas aprenderam sobre a história do café na escola tempos atrás. Então, para elas, vivenciar ao vivo e poder pegar, sentir e presenciar é muito legal”, diz a agente de viagens.
Mais adiante, o pequeno Fernando Sella chamava a atenção de quem passava pela Fazendinha. Todo paramentado de cowboy, o menino de 6 anos estava encantado com um minitrator exposto no local. “Este aí gosta tanto do campo que tem ‘sela’ até no nome. É garantia que vai ser a nova geração de fazendeiros na família”, brincou o pai, Pedro Sella. O garoto, inclusive, já cuida dos próprios animais. “Eu tenho a vaquinha Fortuna e minha égua, a Pedrita”, revela Fernando.
Mais adiante, o Davi, de 6 anos, não tirava os olhos do bicho-da-seda. O setor de sericicultura mostra todas as etapas da produção da seda, da lagarta ao fio. O menino ficou surpreso quando descobriu que um tecido tão nobre vem de um animal que não é considerado bonito. “Eu achei muito legal porque de um bichinho deste sai uma coisa que a gente não faz a menor ideia de onde vem”, disse Davi, segurando uma lagarta, sem medo. O pequeno curioso estava acompanhado da mãe, da irmã e da avó. “As crianças precisam sair de casa, do celular, e ver as coisas, o mundo como ele é”, afirmou a avó Maria do Carmo.
E foi o mundo real que levou Giovana a conhecer de perto o tanque dos peixes. A menina tem apenas 10 anos, mas já sabe o que vai ser quando crescer. “Eu quero ser veterinária, adoro animais e quero trabalhar com isso”, revelou. Ela estava acompanhada do avô, orgulhoso do talento da neta. “Desde sempre ela gosta de campo, de fazenda, de tudo que envolve o meio rural”, conta Valter Lirolla. O encantamento dos pequenos visitantes é confirmado pelo técnico em piscicultura André Baltieri, responsável pela piscina que contém os peixes em um sistema sustentável. “A gente utiliza a mesma água mineral o ano todo, fazendo o tratamento biológico, tanto que as crianças não podem tocar nos peixes, nem na água”, diz Baltieri.
E por falar em micro-organismos, a família Boniolo teve uma aula divertida de um assunto sério, a toxoplasmose. Eles participaram de uma brincadeira de pescaria e cada “peixe” capturado tinha um alimento que pode conter a doença. “Mulheres grávidas não podem comer certos alimentos crus ou mal passados, como a carne e o leite”, exemplificou Miguel, de 12 anos. O pai do garoto, Antenor, faz questão de trazer a esposa e os dois filhos todos os anos na Fazendinha. “Meu pai me trazia aqui quando eu era criança e, hoje, faço questão de trazer a minha própria família”, disse o técnico em radiologia.
Aprendizado divertido
Responsável pelo setor de micro-organismos da Fazendinha, a professora de Medicina Veterinária da UEL, Amanda Zangirolamo, ressalta que o papel da universidade “não é só dar aula, não é só fazer pesquisa, mas também ter o lado social, de educar desde a criança até o adulto, de maneira acessível.” Para Amanda, o aspecto lúdico do espaço não significa que os assuntos são tratados com superficialidade. “Aqui tudo é pensado para que a criança tenha este momento de aprendizado com a família, deixando o celular de lado e descobrindo o mundo através dos sentidos, o olhar, a visão, o cheiro, etc.”, destaca ela. A pequena Ana, de 7 anos, confirmou a fala da professora, enquanto provava iogurte. “Eu prefiro vir aqui na Fazendinha que ficar na internet, é muito mais gostoso”, disse a menina.
Foto: Rubem Vital