12/04/2024

Máquinas agrícolas se destacam entre os estandes da ExpoLondrina

Por Vitor Ogawa

Máquinas agrícolas, como tratores, plantadeiras e colheitadeiras evoluem dia após dia. Uma amostra da evolução desses equipamentos pode ser vista nos estandes da ExpoLondrina 2024. O visitante vê pessoalmente o desenvolvimento significativo dos equipamentos voltados para o plantio/colheita mecanizada em áreas cada vez mais declivosas e acidentadas, características de relevo muito comuns na topografia paranaense. Essas máquinas expostas no Parque Ney Braga foram especialmente projetadas para um plantio mais preciso na distribuição de sementes e adubo e trabalham em espaçamentos mais reduzidos, possibilitando rendimento ideal para os produtores que buscam aumentar a produtividade. 

O vendedor da loja Top 100 máquinas, Rogério Adriano da Silva, destaca entre os produtos expostos da empresa a Coop Trio 650, uma máquina articulada, que possui três chassis. “Ela é pantográfica, ou seja, ela consegue copiar melhor o solo e isso possibilita que o adubo acompanhe a ondulação do solo. Isso faz com que o adubo incida exatamente onde foram depositadas as sementes”, destacou. Ele explicou que a máquina é mais alta, robusta e possui uma estrutura um pouco mais pesada e que possui maior vazão de palhada. “As outras máquinas vão sofrer um pouco mais, porque vão embuchar a palhada. A nossa não embucha, porque tem uma vazão muito grande de palhada em função do desencontro grande de facões.” Na caixa central existe a parte mecânica e a parte à vácuo que trabalha com duas turbinas: uma positiva que empurra a semente e outra negativa que segura o material. 

Outro equipamento de destaque da Top 100 é o GTS Terrus, que é um descompactador do solo, voltado para o produtor cuja área de lavoura está muito compactada e que faz a planta ter dificuldade de enraizamento. “Com ele a gente consegue fazer um corte de 30cm a 50 cm na terra. Automaticamente o solo fica mais mole e até previne problemas de erosão.”

No estande da Planti Center, a novidade é a plantadeira elétrica tecnologia Smart Tech, desenvolvida pela própria empresa, que é o sistema de tecnologia 100% elétrico na plantadeira. De acordo com Anderson Ribeiro Santos, técnico e responsável comercial pela comercialização do equipamento, o instrumento permite fazer a calibragem da máquina sem a necessidade de descer do trator. “Antes, para fazer a configuração, tudo precisava ser feito manualmente e o operador precisava sujar a mão de óleo. Agora tudo pode ser feito na tela do tablet com um toque na tela. Com o Smart Tech o operador põe a quantidade de semente desejada e a adubação que quer aplicar e é só salvar esses dados na máquina e ela já está configurada.” Ele explicou que isso possibilita o monitoramento das linhas pelo monitor com a vantagem dessa máquina não depender da energia do trator para trabalhar. “Ela tem a caixa de bateria com um alternador que fornece a energia para o seu funcionamento.”  

Ele explicou também que o trator possui o sinal de GPS para fazer o plantio e o Smart Tech permite fazer o desligamento da semeadura linha a linha. “Conforme eles vão semeando uma área, na tela ela aparece pintada. Conforme a máquina for plantando, quando chega em uma parte já plantada, a máquina desliga automaticamente.”

Para quem não tem dinheiro para comprar o trator com piloto automático, Eliel Tavares de Lima, da Planta Fértil, relatou que sua empresa disponibiliza um kit que pode ser instalado em tratores mais antigos. “É um kit de piloto automático da Sveaverken. Às vezes o produtor possui um trator barato usado e precisa de um piloto automático, mas não tem dinheiro para adquirir um trator novo e que possua esse tipo de equipamento. Com o kit ele pode instalar o piloto automático em qualquer trator para poder fazer o mesmo serviço que um trator que custa quase o dobro do valor do antigo e funciona tão bem quanto.”  Ele explicou que seu uso é associado com uma antena externa, que é colocada na área e o trator consegue identificar a linha que ele precisa realizar. Outros equipamentos da empresa são a semeadora de grãos finos Pampeana 28.000, que é líder de mercado em vendas, e a Macanuda 3.20. “A Pampeana vai de 20 linhas até 43 linhas e é pantográfica, ou seja, acompanha bem o solo. Já a Macanuda 3.20 recebeu esse nome por conta da largura que ela fica quando fechada e que possibilita que ela seja transportada na estrada sem necessidade de desmontar.”

O técnico em agricultura de precisão da New Agro, Willian Ikeda, relatou que o produto tecnológico de destaque disponibilizado pela empresa é uma colheitadeira CR7.90, que possui tele sense inteligente, ou seja, ela  possui um sistema de automação do controle de grãos que é monitorado por uma câmera por meio de autorregulagem da máquina. “O sistema reduz bastante o número de funções do operador e  serve também para ter uma maior qualidade de grãos. Isso possibilita uma colheita com mais produtividade e faz com que não haja tantas perdas na lavoura.” lkeda acrescentou que a CR7.90 possui um monitor denominado Intelliview 4, que vai ser o responsável pela orientação do piloto automático juntamente à antena que também tem nessa máquina. “É uma antena bem tecnológica, de última geração. Ela é uma antena multiconstelação, ou seja, pega quatro constelações de satélite e ela tem todo o sistema de piloto automático e piloto hidráulico. O câmbio da CR7.90 tem opção de duas marchas ou quatro marchas, e tudo é automático. A direção do equipamento é hidráulica.”

Ikeda explicou que a empresa também disponibiliza os modelos CR8.90 e máquinas maiores como as CR9.90 e CR10.90. “Só que aqui na região ela não se encaixa pelo tipo de terreno que é mais acidentado. Os equipamentos maiores são voltados para o Mato Grosso, para o Mato Grosso do Sul, Maranhão e Goiás. Em alguns casos no Estado a gente pode atender também.” 

Marcos Vinícius de Moraes é gerente de vendas da Kato Tratores, empresa representante da Valtra. Ele trouxe uma plantadeira de 18 linhas que foi lançada na Agrishow do ano passado e a empresa está trazendo para a região de Londrina pela primeira vez. “A plantadeira tem muita tecnologia embarcada e hoje é o melhor sistema de copiar terreno que nós temos hoje no mercado”, garantiu.  “Ela vem no modelo auto transportável que pode passar em carreador ou pode ser transportada em pista com 3,20 m, ou seja, ela pode ser transportada em qualquer lugar.” Ele explicou que o equipamento possui GPS, tem piloto automático e controle de plantio. Por meio dele é possível determinar a quantidade de sementes por metro, a quantidade de adubo por hectares e tudo é controlado dentro do trator em uma tela só.” Ele ressaltou que a máquina é de fácil manejo. “É uma máquina bem tecnológica, mas muito simples de usar e é muito intuitiva. 

Outro equipamento da Valtra é o trator T250 com transmissão CVT. “A troca de marcha se dá por velocidade, e isso gera um consumo de combustível menor. Na parte de trás do comando é tudo hidráulico e a parte de consumo de combustível consome 20 litros por hora. O painel tem um sistema bem tecnológico, com Trimble embarcado que vai auxiliar a ter uma exatidão melhor. A direção do veículo é hidráulica.”

 

 

Na Jacto Brasil, o administrador de vendas Valmir Gazeta Sumensari trouxe a  plantadeira Lumina 300, que é uma plantadeira autotransportável. Ela pode ser configurada para 16 ou 18 linhas com o exclusivo sistema da Jacto Dual Force, com cilindro pneumático. “Isso garante a mesma profundidade em diferentes níveis do terreno, seja ele dentro da base até em cima da base. O nascimento será homogêneo e as plantas vão nascer todas ao mesmo tempo. Não tem problema de competição entre as plantas.” O equipamento é autotransportável, desenhado de forma que atenda as leis de trânsito. “É uma máquina que tem 3,20 m de largura, então você pode subir ela em uma prancha e não tem que desmontar praticamente nada da máquina para transportá-la de uma propriedade a outra com segurança, enquanto os outros equipamentos podem ocupar até duas faixas da pista de rolamento e muitas vezes precisam desmontar boa parte dela. “Essa plantadeira tem desligamento linha a linha na semente e tem desligamento de adubo também. Ela vem com sistema de inoculante próprio da máquina”, expôs.

“É uma máquina com uma vazão de palhada maior e permite trabalhar sem ter problema de embuchamento. O sistema de corte dela trabalha com disco de 22 polegadas de série para vencer a palhada e é pantográfica, para se adaptar a qualquer terreno.”

Outro equipamento da Jacto é o 5030, de adubação. É uma máquina com desligamento de aplicação de adubo. “É um sistema exclusivo da Jacto, que permite você ter sobreposição sem desperdício. O produtor rural tem controle de bordadura, o que significa que se estiver perto de uma mata de um rio, ele não vai jogar o adubo e vai concentrar no local de aplicação. A mesma coisa acontece em uma estrada ou em um carreador. Ele não vai jogar no carreador, ele vai jogar só dentro da área do sistema.” 

André Silveira, da Integrada Máquinas, apresentou a plantadeira Prime AT como um  dos destaques do estande da empresa. “Ela é transportável com sistema de pacote tecnológico que pode ser configurada para fazer de 8, 10, 12 ou 19 linhas sem ter que desmontar para poder transportar. Com um simples toque da tela, em menos de 1 minuto ela fica transportável ou em modo de plantio. É um recorde.” O equipamento possui pacote tecnológico à vácuo de precisão com sistema de taxa variável no adubo e na semente. “Então você pode fazer agricultura de precisão no momento certo e no alvo, gerando mais economia e muito mais produtividade. Quando o equipamento passar por uma área em que já passou ela desliga automaticamente linha a linha.” O equipamento possui chassi totalmente pantográfico e articulado, com sistema de pneus de alta flutuação.  O Prime AT possui um dos maiores vão livres do mercado disco de corte de 20 polegadas para cortar a palhada. 

A Integrada Máquinas também trouxe os drones T20 e o T40 da DJI, que é o maior fornecedor de drones do mundo, responsável por 70% das tecnologias mundiais na área. “A gente trouxe dois grandes equipamentos que podem fazer distribuição de líquido e sólido, ou seja, eles podem aplicar sementes, adubos e defensivos agrícolas. É uma máquina totalmente tecnológica, com a qual a gente pode aplicar em qualquer momento. A gente não vai substituir a pulverização tradicional, mas é um complemento para as áreas de nossos cooperados em um momento mais chuvoso ou em uma área mais íngreme ou de difícil acesso.” 

Com o drone ele pode chegar com mais facilidade. “A autonomia da bateria é de até 13 minutos, embora a gente recomende um voo de 10 minutos. O drone vem com três baterias e a gente tem sistema de gerador de alto carregamento. A gente já tenta vender o equipamento completo para poder atender a demanda sem sofrer maiores problemas lá no campo.” A carga do drone pode ser de 50 kg de sólidos ou de até 40 litros de líquido. 

 

A Baldan está expondo na ExpoLondrina em associação com a AgroTork. Luiz Fernando Paiva ressalta que o modelo mais em evidência é uma plantadeira de grãos finos, de cereais de inverno e pastagens. Trata-se do modelo 6000 S, que pode trabalhar em 29 linhas de 170 mm ou 17 cm.  “Hoje existe uma tecnologia disponível que dispõe da melhor qualidade de distribuição e de armazenamento. Quanto as partes estrutural e de formação de suco, a máquina é fácil de regulagem e é praticamente manual a partir do ajuste de população de sementes e distribuição de adubo. A máquina é autotransportável, tanto na distribuição das sementes, quanto na de adubo. As unidades de plantio possuem duplos discos desencontrados que facilitam também o corte de palha e evita o embuchamento entre as linhas. O sistema é hidráulico- mecânico e é todo manual.

Fotografia: Rubem Vital