27/03/2024
Pela primeira vez, genética na pecuária terá espaço de destaque na ExpoLondrina
Pela primeira vez, a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina terá um espaço dedicado à genética na pecuária. Serão dois pavilhões onde estarão matrizes, reprodutores, garrotes e sêmen. Diretor de Atividade Pecuária e Melhoramento Genético da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Luigi Carrer Filho destaca que os produtores levarão para o evento tudo o que produzem de genética em suas propriedades e elevam a produtividade. “Eles irão mostrar a genética que estão produzindo e comercializá-la, é a primeira vez que trazemos esse avanço do campo para o parque em um espaço totalmente dedicado a ele”, resume.
O diretor destaca que o melhoramento genético revolucionou a pecuária e o dia a dia nas propriedades. “Antigamente, se abatia um boi com 5, 6 anos, hoje se abate com 18, 24 meses. Antes se emprenhava uma vaca com 4 anos, hoje isso é feito aos 14 meses. Tudo isso é a genética associada à nutrição e sanidade, é um tripé que envolve o uso de tecnologias, avaliação dos animais em vários aspectos como habilidade materna, precocidade sexual, intervalo entre partos, stay habilit (tempo de permanência da fêmea na propriedade). Com essa avaliação se faz o melhoramento genético e a seleção dos melhores animais pelas habilidades deles”, descreve.
Dentre os produtores que estarão na ExpoGenética está Ana Maria Garcia Andreetta, da Fazenda Paranapanema, que há 60 anos atua na área de melhoramento genético da raça Nelore. “Começou com o meu pai, José Garcia Molina. No início era um trabalho de seleção que visava única e exclusivamente o ganho de peso. Ele adquiriu o primeiro animal em 1964 da Fazenda Cachoeira com o intuito de melhorar a qualidade das matrizes e depois ter a venda dos reprodutores”, recorda Ana Maria.
De lá pra cá o trabalho foi evoluindo, um grande marco foi o ano de 2003 quando a fazenda Nova Paranapanema ingressou nos programas de avaliação PMGZ (da ABCZ) e Geneplus (Embrapa) por iniciativa de Manoel Pedro Ribeiro Andreetta. “Meu marido ingressou nestes programas de melhoramento genético por insistência do Dr. Celio Arantes Haim. Entramos nele em 2003 e seguimos até hoje, afinal, o que não se mede não se pode melhorar. Atualmente, o que prezamos é pelo fenótipo do gado, ter um animal com racial bom, com as características mais perto do ideal da raça nelore, com as ferramentas do programa, conseguimos inserir as características de melhora no gado”, destaca.
O melhoramento genético, associado a outros cuidados de manejo, leva a um melhor resultado na pecuária. “Colocamos em prática a tecnologia disponível no mercado de programas de melhoramento genético e com isso melhoramos pastagem, manejo, nutrição e sanidade antecipando a venda de reprodutores e a idade das fêmeas para reprodução”, pontua.
Uma mostra desse resultado estará presente nas baias da ExpoGenética e também em leilões durante ExpoLondrina. “Estarão nas baias os animais bem avaliados com idade abaixo de 36 meses, as fêmeas têm que estar prenhas e os machos aptos pra reprodução”, acrescenta.
Ana Maria Andreetta completa que todos os animais que estarão na ExpoGenética, tanto da fazenda dela como de outros criadores, fazem parte dos três principais programas de melhoramento genético que existem: PMGZ, Geneplus (Embrapa) e da ANCP (Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores.)
De acordo com ela, estes programas têm um grande banco de dados que atua no melhoramento genético. “Com o banco de dados PMGZ, melhoramos o rebanho com a escolha de um reprodutor ou linhagem que atenda a necessidade de cada propriedade. Pode ser peso baixo ao nascimento para usar nas novilhas, pode ser a escolha de um animal que transmite mais leite para as filhas, pode ser ganho de peso para desmame precoce, enfim, escolher de acordo com a necessidade”, destaca.
Uma vez escolhida a linhagem, é seguir com os cuidados em campo para obter os melhores resultados. “Com isso temos a entrada das novilhas precoces ao circuito, por exemplo, novilhas que estão aptas para a reprodução mais cedo. Para isso, é importante ter alguns cuidados, como a melhor nutrição, para que elas ganhem 700 gramas por dia até o primeiro parto, este é um número mágico que vai garantir que ela siga com intervalo entre partos adequado, sem atrasos. Se fizer isso até o primeiro parto, ela seguirá apta para o segundo”, finaliza.
O leilão ExpoGenética está marcado para o dia 14 de abril, as 12 horas, no recinto Abdelkarim Janene. Além dele, teremos duas edições do Leilão Virtual Super Nelore, dias 10 e 11 de abril, para a venda de 50 reprodutores e 50 fêmeas respectivamente.
A ExpoLondrina acontece de 5 a 14 de abril, no Parque Ney Braga.
O diretor destaca que o melhoramento genético revolucionou a pecuária e o dia a dia nas propriedades. “Antigamente, se abatia um boi com 5, 6 anos, hoje se abate com 18, 24 meses. Antes se emprenhava uma vaca com 4 anos, hoje isso é feito aos 14 meses. Tudo isso é a genética associada à nutrição e sanidade, é um tripé que envolve o uso de tecnologias, avaliação dos animais em vários aspectos como habilidade materna, precocidade sexual, intervalo entre partos, stay habilit (tempo de permanência da fêmea na propriedade). Com essa avaliação se faz o melhoramento genético e a seleção dos melhores animais pelas habilidades deles”, descreve.
Dentre os produtores que estarão na ExpoGenética está Ana Maria Garcia Andreetta, da Fazenda Paranapanema, que há 60 anos atua na área de melhoramento genético da raça Nelore. “Começou com o meu pai, José Garcia Molina. No início era um trabalho de seleção que visava única e exclusivamente o ganho de peso. Ele adquiriu o primeiro animal em 1964 da Fazenda Cachoeira com o intuito de melhorar a qualidade das matrizes e depois ter a venda dos reprodutores”, recorda Ana Maria.
De lá pra cá o trabalho foi evoluindo, um grande marco foi o ano de 2003 quando a fazenda Nova Paranapanema ingressou nos programas de avaliação PMGZ (da ABCZ) e Geneplus (Embrapa) por iniciativa de Manoel Pedro Ribeiro Andreetta. “Meu marido ingressou nestes programas de melhoramento genético por insistência do Dr. Celio Arantes Haim. Entramos nele em 2003 e seguimos até hoje, afinal, o que não se mede não se pode melhorar. Atualmente, o que prezamos é pelo fenótipo do gado, ter um animal com racial bom, com as características mais perto do ideal da raça nelore, com as ferramentas do programa, conseguimos inserir as características de melhora no gado”, destaca.
O melhoramento genético, associado a outros cuidados de manejo, leva a um melhor resultado na pecuária. “Colocamos em prática a tecnologia disponível no mercado de programas de melhoramento genético e com isso melhoramos pastagem, manejo, nutrição e sanidade antecipando a venda de reprodutores e a idade das fêmeas para reprodução”, pontua.
Uma mostra desse resultado estará presente nas baias da ExpoGenética e também em leilões durante ExpoLondrina. “Estarão nas baias os animais bem avaliados com idade abaixo de 36 meses, as fêmeas têm que estar prenhas e os machos aptos pra reprodução”, acrescenta.
Ana Maria Andreetta completa que todos os animais que estarão na ExpoGenética, tanto da fazenda dela como de outros criadores, fazem parte dos três principais programas de melhoramento genético que existem: PMGZ, Geneplus (Embrapa) e da ANCP (Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores.)
De acordo com ela, estes programas têm um grande banco de dados que atua no melhoramento genético. “Com o banco de dados PMGZ, melhoramos o rebanho com a escolha de um reprodutor ou linhagem que atenda a necessidade de cada propriedade. Pode ser peso baixo ao nascimento para usar nas novilhas, pode ser a escolha de um animal que transmite mais leite para as filhas, pode ser ganho de peso para desmame precoce, enfim, escolher de acordo com a necessidade”, destaca.
Uma vez escolhida a linhagem, é seguir com os cuidados em campo para obter os melhores resultados. “Com isso temos a entrada das novilhas precoces ao circuito, por exemplo, novilhas que estão aptas para a reprodução mais cedo. Para isso, é importante ter alguns cuidados, como a melhor nutrição, para que elas ganhem 700 gramas por dia até o primeiro parto, este é um número mágico que vai garantir que ela siga com intervalo entre partos adequado, sem atrasos. Se fizer isso até o primeiro parto, ela seguirá apta para o segundo”, finaliza.
O leilão ExpoGenética está marcado para o dia 14 de abril, as 12 horas, no recinto Abdelkarim Janene. Além dele, teremos duas edições do Leilão Virtual Super Nelore, dias 10 e 11 de abril, para a venda de 50 reprodutores e 50 fêmeas respectivamente.
A ExpoLondrina acontece de 5 a 14 de abril, no Parque Ney Braga.