08/04/2024
Terceira idade ‘invade’ parque Ney Braga e se diverte na expolondrina
Por Peterson Dias
A dona Dejanira Vieira tem 73 anos, mas, segundo ela mesma, está com disposição de adolescente. Quando começou a tocar a música do tacacá, “Voando pro Pará”, de Joelma, ela deu um pulo da cadeira e dançou com os amigos no meio do parque de diversões da ExpoLondrina.
Ela e outras centenas de colegas participaram de uma ação conjunta das secretarias do idoso e da saúde nesta segunda-feira (8). A caravana é composta de membros de CCIs (Centros de Convivência da Pessoa Idosa) e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) de Londrina. Na ação, os idosos se reuniram para participar de um sorteio e, depois, de uma dança que serviu como aquecimento. A partir de então, eles ficaram livres para explorar a ExpoLondrina.
“Eu adoro isso aqui. Tenho amigos, faço novos amigos e muitas atividades. Tem ginástica funcional, aula de teatro, artesanato, canto. Olha, eu não paro”, contou Dejanira. Para a secretária do idoso, Andrea Ramondini Danelon, é uma questão de saúde pública que a pessoa idosa tenha estes momentos de lazer. “E tem alguns idosos que nunca vieram, nunca tiveram a oportunidade de estar aqui. Eles ficam maravilhados. É saúde, é lazer e é a qualidade de vida para eles”, disse ela.
De acordo com Felippe Machado, secretário de saúde, mais de trezentos idosos participaram da caravana. “Já é tradição que a Sociedade Rural ceda este espaço para estes grupos todos os anos. Tem idoso que espera o ano todo por este passeio, que muitas vezes é a atividade mais diferente que eles vão fazer o ano todo”, falou Machado. Para o secretário, este tipo de ação é complementar aos cuidados médicos que eles já têm nas unidades de saúde. “Eles cantam, dançam, convivem, produzem arte, e isso faz parte complementar da saúde deles”, disse.
A fisioterapeuta do CCI Zona Leste, Malu Dalpol confirma que a qualidade de vida dos idosos melhora muito com a recreação. “A gente tem um grupo que é quase uma família, né? Sair um pouco da rotina, se divertir é sempre bom para a saúde. Mexer o corpo, mexer a alma e fazer amizade também”, relata ela. A dona Vilma Medeiros é uma das alunas de Malu e se mudou recentemente do Recife para Londrina. “Lá no CCI eu faço de tudo que é arte e ainda tenho tratamentos de acupuntura, fisioterapia, alongamento. Eu não paro um segundo, aqui não tem tempo ruim. Estou adorando o passeio aqui na Expo”, conta a mulher, de 65 anos.